Saturday, August 19, 2006

ROMANTISMO_Panorama hist. literário

cadeira de estudante/
2006/ 19 de Agosto
Panorama histórico literário
Nasce na Alemanha e Inglaterra, fim do século XVIII, depois passa para França, Itália e demais países da Europa. Domina a primeira metade do século XIX. O que havia antes? - os clássicos (equilíbrio, perfeição, clareza, harmonia, disciplina). O espírito conseqüente da Revolução Francesa(1789), com o prestígio econômico da Revolução Industrial(1760), o romantismo é um movimento que vai se opor a tudo que existia,baseado nos clássicos. Ansiando o desejo de liberdade da classe burguesa, que comemora a vitória sobre a nobreza, classe decadente e a literatura baseia-se na imaginação e sentimentalismo. Porisso diz-se que é uma literatura fantasista, impetuosa, sonhadora, intuitiva e libertária. Na verdade, o ruptura da ordem estática dos clássicos começa no barroco. O barroco se lança à renovação de temas, mas ainda com disciplina formal, o que o romantismo renova deixando essa formalidade, mas com sentimento de contemporaneidade vibrante.

Surge uma literatura das massas burguesas, jornais, revistas, livros de grande tiragem. São características desse movimento: o subjetivismo, ou seja, o individualismo, o culto do eu. Suas experiências pessoais e íntimas são diretamente abordadas: os amores, as dúvidas, as ânsias, as paixões - ora otimista, ora melancólica. Cada escritor concebe seu próprio estilo poético, a lei é: aventura e criação individual.

O nacionalismo é outra característica do romantismo. As tradições populares, o folclore e a história de sua pátria. Ama a região onde mora, a terra natal. Disso surge o naturismo: mata virgem, o heroísmo do índio, as guerras entre eles, os rios, os mitos. Surge também o medievalismo: corrente na Europa, abordando a guerra entre cristãos e árabes e a vida nos castelos. Historiadores consideram essas duas tendências como escapismo, ou seja, ânsia de evasão, desejo de fuga da realidade vivida.
A liberdade, a terceira forte característica do romântico. Rompe-se com as normas rígidas da composição clássica: novos ritmos, novas combinações métricas, nova poesia. Surge o drama no teatro em oposição à tragédia grega. Em oposição ao soneto clássico, surge o poema (lírico ou épico). No gênero narrativo surge o romance, a novela e o conto.
Na linguagem, retoma um pouco o estilo barroco, muitas figuras de linguagem: hipérbole, metáfora, antítese. Muitos adjetivos, frases coloridas e sonoras. Às vezes o ritmo se aproxima até da fala.

ROMANTISMO EM PORTUGAL
2006/ 19 de agosto
Surge com Almeida Garrett com o poema Camões, em 1825. Também Alexandre Herculano e Camilo Castelo Branco.

ROMANTISMO NO BRASIL
2006/ 19 de agosto
Surge no Brasil, no Período Regencial, com a publicação de ' Suspiros Poéticos e Saudades' de Domingos José Gonçalves de Magalhães, em 1836. Foi época de formação de muitos mitos, período da independência política. Consolida-se na literatura com 'Primeiros Cantos' (1846), de Gonçalves Dias, e 'O Guarani' (1857), de José de Alencar.

Quais os mitos? - índios honrados e heróicos, rios, matas, cheiros, bichos e flores os mais encantadores do planeta. Beleza incomparável para os céus, os mares, as estrelas.

Com a chegada da família real ao Brasil, de um momento para o outro, Rio de Janeiro sofre uma mudança radical: D. João chega ao Brasil com uma população de 10.000 pessoas. Entre eles havia: nobres, funcionários públicos, exército, intelectuais e artistas. Rio de Janeiro deixa de ser uma cidade colonial. Suas calçadas foram pavimentadas, iluminadas, higienizadas. Instalou-se no Rio, a Biblioteca Nacional, a Imprensa Nacional, o Jardim Botânico, o Banco do Brasil, a Escola de Belas Artes, com muitos artistas franceses, um teatro de grandes proporções, que recebia muitas companhias européias.

Autores românticos no Brasil
na poesia:
1a. geração: Indianismo/Naturismo (década(40-50))
Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias, Araújo Porto-Alegre.
2a. geração: Byronismo/Ultra-Romantismo (década (50-60))
Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire, Fagundes Varela.
3a. geração: Condoreirismo/Poesia Social (década 60-70))
Castro Alves, Tobias Barreto, Pedro Luís
na prosa:
Teixeira e Souza: O filho do pescador,1843
Joaquim Manoel de Macedo: A Moreninha, 1844
Manoel Antonio de Almeida: Memórias de um sargento de milícias, 1852-53
José de Alencar: O Guarani,1857
Bernardo Guimarães:O seminarista, 1872
Visconde de Taunay:Inocência,1872
Franklin Távora: O cabeleira, 1876

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